A finalidade do amor não é a procriação. Uma mulher pode ter muita tesão pelo marido e com ele chegar a múltiplos orgasmos, mas ao mesmo tempo ter um profundo sentimento de amor por uma amiga. O amor é algo muito especial e profundo, devendo sempre ser respeitado e compreendido.
O fenômeno erótico é antecessor da sexualidade. Ele é fruto da origem da vida que teve sua primeira forma unicelular. A sexualização é apenas uma das formas de dualização da vida. A união sexual é uma das maneiras de compensar a dualidade e de reconstituir a unidade. Esta análise nos leva a perceber que o amor não se confunde com a sexualidade nem com o instinto de procriação. A atração dos sexos opostos é apenas uma das modalidades de algo bem mais amplo, uma forma de se liberar de toda a diferenciação, particularização e fragmentação, para reconstituir uma indistinção perdida ao longo de bilhões de anos.
Freud em sua última definição do ato sexual disse: " Uma agressão que busca a união mais íntima". Ele já considerava a bissexualidade como algo natural do homem quando disse: "Habituo-me a considerar todo ato sexual como um acontecimento envolvendo quatro pessoas". Também Jung identifica no psiquismo humano uma tendência a reconstruir um estado de coexistência do masculino e do feminino. Ambos apontavam o tema da bissexualidade como algo de caráter científico. De forma que temos de pensar na bissexualidade pela perspectiva evolucionista. O homem se sente incompleto e busca no oposto sua forma original. Este é, portanto, um instinto físico e não amoroso. A sexualidade é separação e união,antagonismo e atração. Aí está todo o mistério da atração dos opostos.
Para compreendermos melhor a bissexualidade devemos, necessariamente, voltar às primeira fases da vida embrionária. O embrião conhece a princípio um estado de indiferenciação sexual com um único órgão que lembra o ovotéstis. Ao assumir o sexo masculino ou feminino, este órgão desenvolve a parte central chamada medular ou sua zona periférica chamada cortical. A direção dada a esta diferenciação é feita sob controle dos hormônios. Durante todo o seu crescimento, o embrião desenvolve uns e não os outros, resultando nas formas sexuais masculina ou femininas. Entretanto, mesmo ao final de sua formação e definição sexual, ficam as atrofias dos órgãos do sexo sacrificado. Esta admirável metamorfose do aparelho genital pouco-a-pouco se sexualiza desenvolvendo no homem uma espécie de botão (pênis) e na mulher um orifício (vagina). Assim podemos dizer que a mulher é o prolongamento do homem e vice-versa.
A teoria dos hormônios dá uma base científica á hipótese de uma bissexualidade permanente, embora flutuante, da espécie humana. As secreções que asseguram a sexualização do embrião são as mesmas que determinam a do adulto. Todo o indivíduo segrega ao mesmo tempo hormônios masculinos e femininos. O que se pode dizer é que os machos produzem mais andrógenos do que estrógenos, mas esta proporção está sujeita a variações. Além disso, a estrutura química dos hormônios é suscetível a mudanças. Mesmo no indivíduo adulto, os hormônios apresentam uma certa flutuação entre os sexos. É esta função reguladora dos hormônios que gera uma potencialidade sexual dupla e comprova, de maneira evidente, a bissexualidade do homem. Sabemos que os hormônios não apenas controlam o desenvolvimento e o comportamento fisiológico dos sexos, como também o comportamento psicológico. O psiquismo humano depende intimamente do equilíbrio hormonal. Uma simples injeção de hormônios femininos desenvolve glândulas mamárias e amor materno no homem.
Quando falamos da união entre homem e mulher nos vem logo a ideia de procriação, mas na maioria dos casos ela é evitada utilizando-se dos mais diversos meios contraceptivos hoje existentes. São incontáveis os casais que se unem sem o objetivo de fecundação. Seria um grave erro considerar estas uniões como desprovidas de sentido. Existem casos - excepcionais - em que elas significam uma verdadeira fecundação espiritual que, neste caso, substitui plenamente a outra. Para compreender e interpretar essas uniões devemos recorrer ao esquema biológico, a partir do esquema celular. Os hormônios são uma prova de que a união se realiza em níveis diferentes. Esta escala comporta virtualidades infinitas que vão desde a simples fecundação ovular à fecundação do coração, da imaginação e das fantasias da mente. Do cego apetite sexual à consciência da união edificante pelo amor.
A descoberta dos hormônios justifica a interpretação do amor sexual. estas secreções sustentam a hipótese de uma continuidade entre o físico e o moral, mas também entre o corpo e a alma, a matéria e o espírito.
A representação do sexo como resultado de um simples conflito entre campos de força masculina e feminina é a mesma da bipolaridade que, de certa forma, consiste na dualização de nossa natureza.
O amor é um fenômeno da indução e do magnetismo. Tanto o sexo como o amor não perdem seu mistério pelo fato de o analisarmos sob os olhos da química e da biologia; ao contrário, nos leva a meditar sobre a verdadeira noção deste mistério. O tabu das religiões tradicionais está, aos poucos, sendo substituído pela ideia do mistério que pode ser aproximado. A evolução procede às custas de um certo romantismo e a ciência procura seguir o caminho mais exemplar para explicar o sexo e o amor, tendo consciência de que muito ainda é inexplicável.
Freud em sua última definição do ato sexual disse: " Uma agressão que busca a união mais íntima". Ele já considerava a bissexualidade como algo natural do homem quando disse: "Habituo-me a considerar todo ato sexual como um acontecimento envolvendo quatro pessoas". Também Jung identifica no psiquismo humano uma tendência a reconstruir um estado de coexistência do masculino e do feminino. Ambos apontavam o tema da bissexualidade como algo de caráter científico. De forma que temos de pensar na bissexualidade pela perspectiva evolucionista. O homem se sente incompleto e busca no oposto sua forma original. Este é, portanto, um instinto físico e não amoroso. A sexualidade é separação e união,antagonismo e atração. Aí está todo o mistério da atração dos opostos.
Para compreendermos melhor a bissexualidade devemos, necessariamente, voltar às primeira fases da vida embrionária. O embrião conhece a princípio um estado de indiferenciação sexual com um único órgão que lembra o ovotéstis. Ao assumir o sexo masculino ou feminino, este órgão desenvolve a parte central chamada medular ou sua zona periférica chamada cortical. A direção dada a esta diferenciação é feita sob controle dos hormônios. Durante todo o seu crescimento, o embrião desenvolve uns e não os outros, resultando nas formas sexuais masculina ou femininas. Entretanto, mesmo ao final de sua formação e definição sexual, ficam as atrofias dos órgãos do sexo sacrificado. Esta admirável metamorfose do aparelho genital pouco-a-pouco se sexualiza desenvolvendo no homem uma espécie de botão (pênis) e na mulher um orifício (vagina). Assim podemos dizer que a mulher é o prolongamento do homem e vice-versa.
A teoria dos hormônios dá uma base científica á hipótese de uma bissexualidade permanente, embora flutuante, da espécie humana. As secreções que asseguram a sexualização do embrião são as mesmas que determinam a do adulto. Todo o indivíduo segrega ao mesmo tempo hormônios masculinos e femininos. O que se pode dizer é que os machos produzem mais andrógenos do que estrógenos, mas esta proporção está sujeita a variações. Além disso, a estrutura química dos hormônios é suscetível a mudanças. Mesmo no indivíduo adulto, os hormônios apresentam uma certa flutuação entre os sexos. É esta função reguladora dos hormônios que gera uma potencialidade sexual dupla e comprova, de maneira evidente, a bissexualidade do homem. Sabemos que os hormônios não apenas controlam o desenvolvimento e o comportamento fisiológico dos sexos, como também o comportamento psicológico. O psiquismo humano depende intimamente do equilíbrio hormonal. Uma simples injeção de hormônios femininos desenvolve glândulas mamárias e amor materno no homem.
Quando falamos da união entre homem e mulher nos vem logo a ideia de procriação, mas na maioria dos casos ela é evitada utilizando-se dos mais diversos meios contraceptivos hoje existentes. São incontáveis os casais que se unem sem o objetivo de fecundação. Seria um grave erro considerar estas uniões como desprovidas de sentido. Existem casos - excepcionais - em que elas significam uma verdadeira fecundação espiritual que, neste caso, substitui plenamente a outra. Para compreender e interpretar essas uniões devemos recorrer ao esquema biológico, a partir do esquema celular. Os hormônios são uma prova de que a união se realiza em níveis diferentes. Esta escala comporta virtualidades infinitas que vão desde a simples fecundação ovular à fecundação do coração, da imaginação e das fantasias da mente. Do cego apetite sexual à consciência da união edificante pelo amor.
A descoberta dos hormônios justifica a interpretação do amor sexual. estas secreções sustentam a hipótese de uma continuidade entre o físico e o moral, mas também entre o corpo e a alma, a matéria e o espírito.
A representação do sexo como resultado de um simples conflito entre campos de força masculina e feminina é a mesma da bipolaridade que, de certa forma, consiste na dualização de nossa natureza.
O amor é um fenômeno da indução e do magnetismo. Tanto o sexo como o amor não perdem seu mistério pelo fato de o analisarmos sob os olhos da química e da biologia; ao contrário, nos leva a meditar sobre a verdadeira noção deste mistério. O tabu das religiões tradicionais está, aos poucos, sendo substituído pela ideia do mistério que pode ser aproximado. A evolução procede às custas de um certo romantismo e a ciência procura seguir o caminho mais exemplar para explicar o sexo e o amor, tendo consciência de que muito ainda é inexplicável.
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